A temporada internacional de moda
masculina aconteceu entre os dias 04 e 21 de janeiro e terminou com boas
propostas para o próximo Inverno. De Londres a Paris, as marcas mostraram seus
lançamentos defendendo o que cada capital oferece de melhor.
Em Londres, a criatividade e a energia
jovem; em Milão, a manufatura e a moda clássica; e em Paris, os principais
estilistas apresentando as inovações e novos rumos do cenário fashion.
O foco nos casacos é o principal ponto
dessa temporada – dos luxuosos em cashmere aos utilitários: eles são maiores,
têm mais volume e comprimento abaixo dos joelhos e se encaixam em uma moda mais
usável e casual, aliada a elementos esportivos.
A Valentino cria peças de altíssimo
nível e ricas em detalhes, mas despretensiosas. Em um mesmo desfile, há casacos
dupla face em cashmere, calças jeans e suéteres de lã, montando um guarda-roupa
ideal, que contempla diferentes estilos de homem, do clássico ao moderno.
A Louis Vuitton trouxe a sensação de
conforto e leveza para o inverno com o toque de streetwear que aproxima sempre
a marca de um público mais jovem.
A Dior Homme fez uma boa coleção
usando listras e polka dots nas mais diversas formas (largas, estreitas,
bordadas) que tomam gravatas, camisas, sapatos e culminam num look total de
bolinhas (alô, Messi!) – há espaço para a formalidade e para o bom humor.
Dries Van Noten é um dos estilistas
mais adorados pela imprensa de moda. Gênio das padronagens e grande colorista,
ele apresentou um trabalho que tinha como referência tribos musicais e resultou
numa coleção andrógina com foco em roupas utilitárias.
A Burberry mostrou uma coleção forte
em calças e casacos e que usa os lenços de seda e bolsas coloridas como ótimo
recurso de styling para os garotos.
A coleção de Raf Simons foi uma das
mais fortes da temporada. O estilista inseriu tons e estampas de maneira
diferente, sem perder a identidade de sua marca – as peças de silhueta
minimalista que fazem parte do seu DNA ganharam a vibração artística de
Sterling Ruby, que fez das roupas telas para suas pinturas, colagens e
estampas.
A passarela da Saint Laurent foi
dominada pela estética rock glam, marca registrada do estilista Hedi Slimane. A
casa francesa apresentou uma coleção para garotos que topam lurex colorido,
jaqueta de onça e a calça mais skinny que a moda masculina já viu.
Gênio das proporções lânguidas, Haider
Ackermann mostrou uma coleção rica em texturas e camadas. Um jogo confuso da
silhueta que monte uma imagem romântica e artística composta por bons
cardigans, parkas e calças que vão da skinny à saruel.
Rick Owens é um nome que sempre propõe
algo verdadeiramente moderno e autêntico. Ele não se apega ao dia-a-dia, às
estações ou às necessidades e desejos das pessoas, simplesmente desenvolve uma
ideia profundamente – neste caso, o conceito de autoridade.
O homem forte por trás da conexão
moda-rua atual, A Givenchy mostrou um inverno bastante esportivo e usável, com
um visual que transita entre o sóbrio e o easy.
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